quinta-feira, 11 de novembro de 2010

SER AO CUBO

o que cabe ao ser?
senão o ser!
imutável, eterno, escondido.
o que cabe no ser,
senão milhões de almas,
que desabrocham em cada nova aventura...
afogando-se em pequenas doces ternuras,
nas alegrias que vem e vão,
nas tristezas que o vazio da cidade entrega ao coração.

a garganta está para a raiva
e o silêncio está para a reflexão.
de um prédio muito alto ecoam-se os gritos,
entregando de volta todo o contido
que a solidão e a frieza da usina de máquinas
solicitou como taxa extra por seu trabalho exercido.

a espiral hipnotiza os olhos do coração
e já tudo parece em vão.

se isto é ilusão ou um mero sonho,
uma passagem do aprendiz,
por que não beber do melhor vinho
e deliciar-se com o bendito pão?

Um comentário:

Anônimo disse...

oi aqui quem fala sou eu :D